segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Entrevista da Persistência : Rafael Xavier


   Hoje vamos entrevistar uma pessoa que superou muita coisa. Disse um foda-se para a obesidade e foi mostrar que era capaz de mudar. Rafael Xavier!                        

Bruno Henrique: Qual foi o pontapé inicial para você começar a perder peso. Existe pessoas que te inspiraram em fazer o que está fazendo?

Rafael Xavier - O principal motivo foi cuidar da minha saúde, que estava um desastre a muito tempo. Roupas não serviam mais, eu tinha vergonha de comprar maiores, subir as escadas do meu prédio (apenas 3 andares) era uma tarefa exaustiva. Cansado disso e querendo mudar, conheci o programa de treinamento Freeletics. Assinei e um dia depois iniciei meus treinamentos. Minha inspiração sou eu mesmo, eu acordo todos os dias querendo ser minha melhor versão, alcançar algo que ainda não consegui e ver os resultados, literalmente, na pele.

Bruno Henrique: Todo mundo sabe que ocorreu uma diferença fisicamente. E na vida social, o que mudou? Me fala o antes e depois.

Rafael Xavier - A principal mudança foi a confiança em mim mesmo. Eu não estava feliz comigo mesmo, me via como uma pessoa feia, e isso me deixava com uma baixa estima. A partir do momento que comecei a me cuidar e os resultados começaram a aparecer, eu me renovei, me tornei mais confiante e sabia que eu era capaz de conquistar meus objetivos. Tem sido assim ate o momento e pretendo manter pro resto da vida.

Bruno Henrique: Quantos quilos você eliminou? Me fale a emoção de perder os dez primeiros quilos. Quando chegou nos -20, a sensação foi igual?

Rafael Xavier - Ate o momento foram 21kg eliminados, em 5 meses de treinamento. Foi bem emocionante perder os 10 primeiros kg, a diferença fisica era absurda já. É gratificante ver as roupas que antes eram apertadas não me servirem mais, estavam todas caindo. Quando alcancei os -20kg eu me senti ainda mais feliz. As roupas que estavam caindo, ja não servem mais, pois nem com cinto elas param na cintura mais. Me sinto forte, disposto e capaz de tudo agora. É realmente gratificante.

Bruno Henrique: Depois que você começou a perder peso, passou a ser mais positivo com as coisas? Acho que todo mundo começa a te olhar melhor depois que emagrece, certo? As coisas fluem. Me fale sobre isso. Aconteceu com você?

Rafael Xavier - Sim, com certeza. É triste, mas o preconceito com pessoas acima do peso existe e ele é muito serio. Eu sempre tive problemas com peso, minha vida toda foi assim e sempre toquei em frente como conseguia. Eu senti esse preconceito na pele por muitos anos. A partir do momento que comecei a emagrecer e mudar fisicamente, muitas pessoas mudaram a forma como me tratavam, passaram a se interessar por mim, pessoas que antes faziam pouco caso de mim. Mas essas mesmas pessoas eu cortei fora do meu circulo de amizades, pois definitivamente não quero por perto alguém que me julgava só por estar acima do peso. Hoje estou cercado de pessoas que sempre me apoiaram e comemoram comigo meus resultados.

Bruno Henrique: Me fale sobre o Freeletics. Como você conheceu esse esporte?

Rafael Xavier - Conheci o Freeletics através do namorado de uma colega de trabalho. Eu buscava algum tipo de treinamento que não fosse em academias (odeio academia). Como eu estava apertado de dinheiro, minha colega de trabalho comentou sobre o Freeletics e me mostrou os resultados que seu namorado conseguiu em 3 meses de treino. O custo-beneficio me atraiu, assinei e no outro dia já estava treinando.

Bruno Henrique: Fugindo um pouco da perca de peso. Já te vi tocando. Pretendo seguir como carreira ou é só uma distração?

Rafael Xavier - Haha, não não. É so uma distração pra sair da rotina mesmo. Gosto muito de musica, mas não é uma carreira que pretendo seguir.

Bruno Henrique: Teve algum dia que você ficou desgraçado da cabeça e pensou em desistir?

Rafael Xavier - Creio que todos os dias a vontade de parar ou desistir ficar batendo na gente. É como uma coceira que não passa. Mas eu ignoro. Cheguei ate onde estou com muita dor e suor, não abandono nunca mais. Faz parte do que eu me tornei agora.


Bruno Henrique: De alguma forma o bulliying esteve presente na sua vida. Se sim, poderia contar algum caso?

Rafael Xavier - Sim, sofri bastante com isso. Como eu havia comentado, eu sempre tive problemas com peso. De 2006 pra 2007 eu havia emagrecido 12kg em 3 meses, tudo com dieta (sem exercícios), na época eu reduzi de 88kg para 76kg. Apos entrar em forma e o período de acompanhamento com nutricionista acabou, eu fiquei novamente desleixado e em pouco mais de 1 ano eu voltei ao peso antigo. De la pra cá, piadinhas com meu peso tornaram-se comuns, principalmente em viagens, com carro lotado e sempre a culpa do peso caia sobre mim. Na faculdade, em alguns círculos de "amizades", eu era lembrado como "aquele gordo que anda de preto", e isso é pessimo. As pessoas não fazem ideia do quanto isso nos afeta e no deixa triste.

Bruno Henrique: Existe alguém que você gostaria de agradecer, que esteve em todos os momentos na sua cola para não desistir e te dava incentivo?

Rafael Xavier - Com certeza agradecer ao meu pai, que foi o que mais me apoiou e me pergunta diariamente como estão os treinos e me liberou espaço na sua loja para poder treinar. Ele sabe que não foi fácil pra mim, mas jamais deixou minhas forças acabarem. Financeiramente também me ajudou, pois junto da dieta que sigo, os suplementos que precisei tomar não são baratos, e ele me ajudou nisso também. Só tenho a agradecer e espero poder retribuir todo esse apoio um dia.

Bruno Henrique: Para terminar: Mande um recado para todos que tem vontade de perder peso...

Rafael Xavier - Confie em você mesmo, trace uma meta, tenha um objetivo. Não tenha um prazo pra isso, apenas saiba onde você quer chegar. Seja seu próprio modelo a ser seguido, tente todos os dias torna-se uma versão melhor de você mesmo. Corte as desculpas, se eu consegui, qualquer um pode conseguir.

Redes Sociais do Rafael
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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Meu primeiro mochilão, São Thomé das Letras. Parte 3

Pessoal, voltando para continuar a terceira parte da viagem com vocês. Se você não leu a parte 1 e nem parte 2. Clique aqui e ali, para ler o que aconteceu em Lavras e Varginha. Antes de chegar em São Thomé das Letras, vamos continuar de onde paramos.

Acredito, que esse texto vai ser a penúltima parte. Vamos? Bora!
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Varginha

Certeza, se eu me olhasse no espelho eu me veria totalmente pálido. Pô, perder seu celular do nada, com um monte de registro bacana. Quem não enlouqueceria naquele momento? Todos, né não? Não estava na minha mochila, bolsos. Onde estava então? "Pensa, Bruno!" - Ficava martelando na minha cabeça.
Pensei em ligar para ele. Não ia rolar! Ele não tinha bateria mais. "Porra, que bosta de celular que nunca fica carregado"- Claro, se eu fosse menos viciado no celular, ele não estaria com a bateria viciada. Pensei em refazer os meus passas. Isso, talvez isso ajudasse.

Quando fui dar um passo para trás, me esbarrei com uma senhora. Ela tinha mais ou menos uns setenta anos, sei lá. Enfim, pedi desculpas. Ela disse que não tinha problema e me contou que eu tinha deixado cair o celular quando fui arrumar meus bolsos, tentou me chamar e não conseguiu. Agradeci, fiquei sabendo onde o ônibus ia sair, pela frente. E fui para Três Corações...

Três Corações

Cheguei na rodoviária era 18:00 em ponto. Poderia explorar a cidade? Sim, tinha uma hora e quinze de folga. Dessa vez resolvi ficar quieto. Fui no banheiro,sai, entrei numa lanchonete, botei meu celular para carregar e tomei café. Fiquei mexendo no celular até que desse a hora de ir pra cidade mais aguardada.
Deu a hora, entrei no ônibus e como das outras vezes fiquei na janela. Aliás, coincidentemente minha poltrona era a de número dezoito barra dezenove de novo. Louco, né? Acho que vou jogar no bicho depois dessa. Olha, vi uma cena interessante na janela do ônibus. Uma menina, inquieta, esperava alguém descer do ônibus. Seria algum namoradinho? Olha, se fosse ia ser bem romântico. Ou era algum famíliar? Se fosse, seria emocionante demais!

Enfim, de lá saiu uma outra menina. A garota que esperava na rodoviária dava uns gritinhos, parecia que iria chorar de emoção. – Que massa! Nunca vi reencontro assim. Só naqueles filmes ou naquela serie do GNT de chegadas e partidas- pensei comigo. Elas se abraçaram! As duas estavam sorridentes, animadas e foram embora do lugar conversando. Não eram namoradas. Estava na cara! Se fossem, qual o problema?  São amigas que aparentemente muito tempo não se viam. Ah... A saudade! Faz um buraco no peito bem feito. Com um abraço, uma troca de energia sela tudo. Enfim, seguimos em frente. O ônibus partiu rumo ao meu sonho principal.

São Thomé das Letras
O ônibus partiu pouco depois das 19:30 e ali estava cheio. Ótimo! Não estava sozinho naquela viagem de um dia que estava prestes a terminar. Percebi que  na mesma poltrona  do começo: 18 barra 19. Depois dessa vou começar a jogar no bicho esses dois números. Na poltrona ao lado tinha um casal, conversei rápido com ambos e eles estavam vindo de São Paulo. Eles disseram que seria a primeira vez na cidade e já tinham reservado um Hostel na cidade. Bacana! Acho que sou o único doido ali. Indo às escuras! Só achar uma Pousada quando chegasse lá. Enfim, no caminho olhava direto pela janela e fazia frio demais. Estranho! Até pouco tempo estava quente e o clima começou a mudar para gelado. Caralho! Nem cheguei e já estava congelando. E outra, as estrelas estavam mais brilhantes do que o normal. Será a tal ‘’ energia da cidade’’ influencia isso?  Pelo sim ou pelo não.... Curioso!                                                             
Cheguei! Não tinha noção de horário. Meu celular como sempre tinha morrido.  Minto, minutos antes de chegar na cidade eu tinha perguntado uma menina que estava no banco de trás. E ela respondeu: 20:45. Sim, eu lembro ainda. Pronto, desci na rodoviária. Ali era um lugar diferente das outras rodoviárias. Não tinha paredes! Claro, só no guichê. Tinha cercadinhos de madeira. Enfim, chega de muitos detalhes. Pronto, estava na rua. Estava um pouco nervoso e ansioso. -Para onde ir? - Pensei comigo. Por incrível que pareça eu estava bem calmo. Muito por sinal!

 Perguntei uma menina e uma mulher que também tinham acabado de descer do mesmo ônibus que o meu – Se ela já tinha  vindo pra cá antes e qual era a melhor pousada-. Ela disse que já tinha vindo três veze e todas pousadas que ela ficou são boas. Não deu nomes, agradeci e elas foram embora. –Putz! Agora é me virar e foda-se - Pensei comigo. O casal de São Paulo que tinha conversado dentro do ônibus, tinham subido uma rua, viraram e foram reto em busca do lugar que tinham encontrado. Parei de segui-los quando vi que a rua era toda de pedra e eu estava com dificuldade em andar. Porra! Estava complicado andar no meio da rua e acabei indo pro passeio. 

Achei engraçado que: De dez casas que eu olhava, onze eram Pousadas. Aliás, de vários trejeitos e nomes engraçados. Gostei de uma: Estava com as luzes apagadas. Não chamei por vergonha. Vi outra e senti um pouco de medo. Era uma casa hippona, saca?  Medo bobo de primeira viagem. Logo a frente vi um prédio-cortiço que tinha o nome de: Sol e Lua. Iria ser ali! Gostei demais do lugar, nome e ambiente. Chamei o moço, conversamos e uma característica diferente que eu posso dizer: O moço da Pousada tinha um olho torto. Longe de mim criticar! Era uma coisa que era percebido de imediato. Enfim, fiz minha inscrição ali mesmo. Acho que ele meio se assustou quando disse que estava sozinho, haha. Enfim, peguei minha chave e tive uma surpresa. O quarto era de número 19 e ao lado era o quarto 18. Caralho! Seria um sinal? Para quem não se lembra: Eu sempre ficava nas poltronas 18 ou 19 nos ônibus. Enfim, entrei. Coloquei meu celular para carregar, liguei a televisão e infelizmente pegava apenas um canal. Era sobre política. Porra, To fora! Pelo menos tinha wifi. Fui tomar banho. Terminei, liguei para minha mãe dizendo que tinha chegado e era nove e trinta quando olhei no relógio.                                                                      

 Me arrumei e fui conhecer a cidade, que estava bem movimentada por sinal. Fui a procura de comida e tinha em mente: Pizza! Sempre ouvi falar que elas são boas por lá. Achei um estabelecimento que tinha e de quebra estava tocando Maneva, minha banda preferida, haha. Pedi uma Pizza media. Iria me arrepender por comer aquilo sozinho. Foda-se, não ia me preocupar com regime ali e agora. Comecei a sentir muito frio! Realmente, aquela cidade faz muito frio a noite. Tinha saído pra rua com uma bermuda e uma camisa. Ia comer e voltar pra trocar de roupa. Realmente, comer pizza sozinho não é pra mim. Comi apenas o recheio e fiquei com receio de deixar no prato. O que ia fazer com aquele resto?  Até que surgiu minha ajuda para terminar aquilo. Um cachorro! Para quem não sabe. São Thomé é um lugar cheio de cachorros vagando pelas ruas e diferente daqui, são bem cuidados e só latem com carros por e sempre são vistos dentro dos estabelecimentos. Coloquei o nome temporariamente de: Cid. Ele entrava, eu jogava pra ele e saia. Isso foi repetida cinco vezes. Fim
Voltei pra minha pousada, botei uma calça jeans e uma blusa de frio que tinha trago. Fui explorar a cidade. Anteriormente, perguntei a moça da pizzaria se era seguro ir na Pirâmide a noite. Ela disse que é bom evitar e para uma primeira vez não é seguro. Acha que escutei os conselhos?  Não! Fui a procura da famosa pirâmide. Olha, não fazia ideia de onde ficava. Sabia que era só subir reto a famosa Igreja da Matriz que eu chegaria lá. Enfim, fui seguindo meus extintos para chegar lá. Não tinha ninguém na rua! Vi três pessoas, duas meninas e um menino com cobertores nas costas. Pensei: 
-Eles devem estar indo para lá! Vou segui-los! –
                                                                     

Segui eles até certo ponto e depois disso me perdi deles. Estava entrando numa rua escura. Pensei em colocar o capuz do moletom junto com o boné que eu já estava usando. Sei lá, passou pela minha cabeça que ninguém tentaria me assaltar. –Se em Divinópolis, todo mundo fica com medo de gente com trajes assim, por que aqui seria diferente? - Não vi ninguém nesse meio tempo. Pronto, cheguei! Pelo menos eu acho que era a Pirâmide. Estava escuro! Tinha no total de cinco carros ali e jovens bebendo e conversando no maior pique. Só com a luz do porta malas acesa. Vi que não conseguiria aproveitar nada no momento e não me arriscaria subindo em pedras no meio da noite para achar o lugar que eu queria.

Minha pretensão era voltar para a pousada e o caminho de volta parecia um labirinto. Do nada comecei a me sentir sozinho e um vazio que eu nunca senti antes no peito. Solidão? Não sei. Precisava de alguém para conversar urgente. Continuei andando e do nada escuto tocar Legião Urbana no violão e o som estava vindo de um bar ali perto. Cheguei, vi uma moça hippie que aparentemente tinha uns vinte e poucos anos e uma estatura mediana. E ao lado dela tinha um cara do tamanho dela e estavam ali para vender as artes. O moço do bar que tocava e cantava ao mesmo tempo.

Fiquei ali, sentado e tentando puxar assunto com a moça dos rastafáris enquanto rolava a música.
-Moça, você é dona do bar? - Perguntei meio tímido
-Não, não. Só estou vendendo minhas artes. O dono é ele! -apontava para o cara que tocava violão- Você precisa de algo? 
-Não, to não. To meio perdido! É minha primeira vez na cidade e então to tentando conhecer o lugar.
-Ahhhh tá... Bacana! - Ela se sentou, levantou de novo e perguntou sobra minha garrafinha de agua que estava na minha mão- Isso é agua que passarinho não bebe? 
Achei a expressão engraçada. Já tinha ouvido falar dela algumas vezes. Respondi que não, ela sorriu e voltou a se sentar.
Lembrei do Ventania. Horas mais cedo tinha perguntado uns três garotos perto da igreja onde ele morava e ele disseram que era perto de uma estátua e perto da pirâmide.
-Moça, desculpa te interromper de novo. Sabe onde mora o Ventania? - Perguntei com a imensa vontade encontra-lo ali, agora. – Queria conhecer ele e tal.
-Beleza, vou te levar até lá! - Ela disse rindo 

Ela chamou o namorado, se despediu do dono do bar e fomos para a casa do famoso: Ventania. Olhei no relógio e eram exatamente 1:30 da madrugada. –Caramba! Nem acredito que to acordado ainda. - Comecei a ficar animado. Notei que o namorado da menina tinha um volume nos peitos. Eita! Despistadamente, perguntei o nome do namorado dela. Ele disse que não gostava do nome e disse que se chamava Paçoca. Batemos um papo legal ali, na porta do Ventania e nem percebi que tinha chegado. Ele era de Minas mesmo, a cidade não me recordo o nome. Ela, era de São Paulo. Também não me recordo o nome. Dava para notar bem o sotaque dela. Estavam na cidade há cinco meses.
Ela gritou cinco vezes seguidas: ‘’Ventania!’’- Olhei no relógio do celular e eram 1:55. Disse a ela para não chamar, pois era tarde. Ela disse que não tinha importância, fazia isso sempre e ele atendia numa boa sempre as pessoas em qualquer horário. Ele não atendeu, casa estava fechada. Durante a conversa descobri que a menina hippie estava gravida. Depois de tanto insistir comprei um cordão de uma pedra do meu signo: Touro!

Enfim, me despedi. Voltei para pousada já eram 2:05. Capotei! Só sei que queria acordar no dia seguinte bem cedo e ver o sol nascer na famosa pirâmide.
Fim da primeira parte de STDL
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Espero que tenham gostado da parte de São Thome. Não aconteceu nada de interessante até aqui. Aguardem a segunda parte dessa cidade. Inté!


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Sozinho - Segundo Ato!

                                                                 
Lá fora está chovendo. Tem coisa melhor que chuva? Provavelmente, você vai dizer que existe. Pô, pensa comigo. Domingo, nublado e com chuva ainda. Quem vai querer sair de casa? Em outros tempos, eu sairia, sem dúvidas. Já fui trouxa, jovens leitores.
Tá, chega de conversa fiada. Tô aqui para bater um papo sério com vocês. Sozinho, Parte 2. Para quem não se lembra da primeira parte: Clique Aqui. Novamente, venho falar desse assunto polêmico, estranho e absurdamente libertador. Bora? Bora!


Lembro, que no primeiro texto eu disse que ia diariamente ao cinema sozinho ou saia sozinho para comer besteiras também. É legal? Para mim... Sim! Mas vai depender muito do pessoal de cada um. O que pode ser interessante para você. Não pode ser interessante para mim. Mas eu super apoio vocês irem no cinema sozinho algum dia. É cabuloso na primeira vez. Mas não é nada fora dos padrões, entende?
É um pouco chocante ouvir alguém próximo a mim, falar que já foi ou vai no cinema sozinho. Caramba, eu pensava que era o único maluco que tinha coragem a tal ato.


Ainda voltarei nesse ponto.

Últimamente, tive uma conversa com um amigo sobre isso. "Você se sente sozinho, mesmo estando com sua turma perto de você?" Ele disse que -to sozinho sempre-. Claro, cada um com sua maneira de entender esse lado "solitário".

E ontem, numa roda de três amigos, foi tocado no assunto de viajar sozinho. Se eu não tinha nenhum amigo pra ir. Eu respondi: "Amigo mesmo eu acho que não tenho, sei lá. Nenhum me deu prova viva disso. Se for olhar, sei que posso contar com uns dois, talvez. Chamei meio mundo e ninguém aceitou viajar". Isso é tão sublime. Amizade e andar sozinho são duas coisas que andam juntas e sempre vai ser assim.

Na minha opinião: Temos que fazer alguma coisa sozinhos para entender nos mesmos. Precisamos de momentos para termos uma noção profunda do que queremos. Se você estiver sempre acompanhado não vai entender algumas coisas, como: "Sei me virar sozinho?"

                                                


Depois do primeiro texto que eu fiz. Me coloquei a prova! Comecei a ficar mais sozinho. Aliás, antes mesmo disso eu já estava sozinho. Esse ano está sendo bastante solitário. Entendem? Claro, pessoas pra conversar vai ter sempre. Você começa a sair menos por causa da dieta. E acaba se isolando, isolando e acaba que você fica só e se você não for atrás, ninguém vai lembrar de ti. Carência? Não sei. Talvez a falta de alguém pra conversar aconteça isso. Mas você aprende a lidar com os sentimentos pouco a pouco. A falta de um parceiro, amigão mesmo faz falta. Enfim, acabo me acostumando e vejo que não é bicho de sete cabeças. Para outros: É a morte!
Mas você deve se perguntar: "E namorar? Não sente falta?" Olha, isso para mim nunca foi problema. Meu foco no primeiro momento é a perca de peso. Eu redireciono e penso o que quero e boto aquilo como prioridade.

"Estar sozinho nunca me pareceu certo. Às vezes me senti bem, mas isso nunca me pareceu certo."

Ontem, durante a conversa no carro com essas pessoas. Eles me disseram: "Você tem muita coragem em viajar sozinho. Eu não teria coragem. Prefiro ir com amigos e dividir os momentos juntos".

Bom, vamos lá. Deixa eu explicar como é a sensação de viajar sozinho. Eu me senti vivo! Sabe? É a primeira vez que estava em um lugar sozinho, num lugar desconhecido. Sentir que estava no controle e poderia fazer tudo que eu quisesse e do jeito que eu quisesse. É uma sensação ótima!
No primeiro dia eu me senti só, não vou mentir. Mais que o normal! São Thomé é massa? Demais! Mas andando pelas ruas escuras, sem conhecer ninguém dá uma sensação de saudade, angústia. Mas isso passou depois que eu conheci as primeiras pessoas da cidade e puxei assunto. Enfim, isso é assunto pro post do Mochilão, haha.

Percebi que voltei muito mais comunicativo e sei lá, animado. Entenderam até aqui? Não é ruim. Viaje sozinho quando puder e vou bater nessa tecla sempre.
Estar sozinho sempre foi a fobia do século das pessoas. Solidão é um medo tão surreal, que muitos precisam de estar namorando sem vontade, pura carência. Ter uma turma grande para se sentir bem. Olha, na minha humilde opinião. As pessoas que estão sempre cercadas de outras pessoas são as mais solitárias. Alguém, que sempre quer fazer uma resenha todo fim de semana e tem aquela turma grande já é um clássico caso do que quero falar.
Últimamente tenho observado mais e visto coisas que ninguém nunca chegou a reparar. Noto, que gente afobada por companhia tem um medo descomunal de sentir só. Vejo muita gente que precisa por que precisa alguém pra almoçar para não se sentir só.

Todos merecem um tempo só. Pensar um pouco, sair e rever conceitos. Uma mente deve ficar sozinho, para pensar um pouco. Sempre!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Meu primeiro mochilão, Varginha. Parte 2

Bom... To de volta! Antes de ler esse texto. Leia a primeira parte clicando:  Aqui. Novamente, estou aqui para contar minhas aventuras pelo Sul de Minas. E olha, foi extremamente ótimo. Recomendo a fazerem o mesmo! Tá, vamos para o foco principal desse post. Antes de falar de Varginha, vamos para a parte principal, onde tinha parado. Aliás, deixei muita gente curiosa por causa da passagem de ônibus.
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Continuando de onde parei...
                                                           

Fiquei muito aflito. Não estava em meus bolsos! Nenhum vestígio daquela bendita passagens. ‘’Porra!’’- gritei mentalmente comigo mesmo. Nunca fui de perder as coisas. Juro! Sempre me preocupei ao máximo de guardar as coisas em lugares seguros. Tinha que pensar com calma, muita calma.


Sentei em um banco ali próximo, comprei uma água e respirei. Pensei com mais calma. E faltava cinco minutos para o ônibus chegar e zarpar. Pensei e olhei para minha mochila. Será? Olhei na parte maior, onde estava minhas roupas. Nada! Olhei na parte media. Ali continha sabonete, escova de dentes e coisas de banho mesmo. Nada! Só me restava a parte menor da mochila. Onde estavam guardadas documentos e meus remédios de pressão e ect. Acreditem ou não! Fiz promessa para São Longuinho! Olhei, olhei bem e obtive uma resposta de imediato. ACHEI! –Pulei na mesma hora três pulinhos- Sou retardado e bobo ao mesmo tempo. Lembrei que: Tinha guardado minha passagem ali, junto com a passagem de Lavras. Enfim, embarquei!

Aliás, notei que o ônibus de Varginha estava mais cheio, diferente de Lavras. Claro, não uma quantidade que ficasse cheio e sim, cheio. Beleza, fui!

No caminho passamos por umas cidades que não conheço para deixar o pessoal. Antes de Varginha, pude notar que eu tinha chegado em Três Corações. O ônibus adentrou dentro da cidade. Não piscava! Eu parecia aquelas crianças quando vai em um Parque de Diversões. –‘’Caraca, aqui é massa demais’’- Pensei enquanto olhava tudo pela janela. Notei um monte de coisas interessantes. O sinal de transito não é como o de Divinópolis: Verde, amarelo e vermelho. O da cidade é de contagem regressiva. Sim! Contagem Regressiva. Começava do 30 e a contagem ia descendo até chegar no 0. Terminou, o sinal ficou verde.

E outra: As ruas são bem estreitas. E é uma cidade cheia. Muito! Sei lá, pode ser coisa da minha cabeça. Fiquei com medo do ônibus entrar na calçada, bater em um carro ou pessoa. Enfim, nada aconteceu! AH, vi o cinema da cidade pela janela. Pequeno! É como você estivesse entrando numa loja de roupas. Claro, lá dentro é espaçoso. Enfim, o motorista deixou as pessoas na rodoviária e partiu para Varginha. Rumo a cidade do ET!  

Meu celular tinha acabado a bateria. Não sabia das horas, não tinha comunicação e eu precisava dele para escrever algumas coisas no Bloco de Notas. ‘’Caralhada!’’- Pensei comigo. Aliás, meu dialeto de palavrões está magnifico, né\ Só que não! E também estava com fome. Estava vendo que ia me atrasar e não iria fazer nem metade do que tinha vontade naquela cidade.                                                                 
 Pronto, cheguei de fato ali. Primeira coisa que fiz foi lanchar na rodoviária. Comprei qualquer coisa. Tinha pressa! Achei uma tomada. Não funcionava! Procurei, procurei e não achava nenhuma por perto. Consegui achar uma perto do banheiro e fui até lá. Carreguei uns dez por cento. Liguei para minha mãe e contei que estava bem. Fiz uns Snaps, olhei redes sociais e fui ao meu destino. Detalhe: Tinha 55 minutos para tirar foto do ET e voltar. Tinha que apressar o passo e sair dali como um jato.
Por sorte eu sabia mais ou menos o meu trajeto até a estátua do ET. Já tinha pesquisado, olhado no Google Maps e era só subir uma rua acima e seguir direto. Altos morros! Tinha sã consciência que não daria de visitar o Zoológico do lugar. Detalhe: Era bem perto da Rodoviária também. Eu tinha que pegar o ônibus as 17. Era 16:15. Tinha outro ônibus as 18. Enfim, pensei em pegar. Mas não podia e ia me atrasar demais para meu destino principal. Relutei e ficou por isso. Enfim, fui atrás do do meu objetivo ali.

Durante o caminho, fui tirando Snaps, obvio. Pronto, bateria morreu e novamente sem celular. Enfim, meus olhos viram bastante coisas.
- Caixa de água da cidade em forma de Nave. Ao lado dela tinha um mini Et verde. Poderia tirar foto dele e pronto. Acabou! Não, não era aquele que procurava. Queria aquele ser marrom. Aquele que tanto vi nas fotos do Google.
-Vi uma escola particular no centro. É IMENSA! Se bobear é mais cara que o Integral e Sagrado Coração, aqui de Divinópolis.
- Não tinha certeza o que era o lugar. Não me lembro se era uma rede de informática, escola ou um salão de festa. Iriam comemorar o Halloween e estava toda organizada.
- Os pontos de ônibus eram de formato de naves. Curioso!

Achei! Tinha achado a famosa estatua. Tive uma surpresa! Não era apenas uma estátua. Eram DUAS estatuas. Essa foi novidade! Uma quase no centro da praça. Outra meio que escondida, afastada da outra. Beleza, antes tinha que carregar meu celular. Olhei, olhei e vi uma padaria vazia ali. Era ali que carregaria meu celular. Bingo! Fiquei sem jeito de entrar e carregar. Pedi algo para comer. E olha, já tinha comido na rodoviária e comi por gula.
                                                                        
Já eram 16:30, faltava pouco para o ônibus vazar. Cinco por cento de bateria e mala.  Esperei alguém passar e foi. Escolhi dois garotos skatistas, que estavam voltando da aula. Pedi o garoto menor. Aliás, ele aparentava ter quinze anos. Tinha tatuagens! Perguntei a idade dele e ele disse que tinha dezoito anos. Orra, estranho. Enfim... Tirei! Conversamos sobre meu objetivo ali e ele disse rindo: ‘’ Tanta cidade melhorzinha, justo aqui. Enfim, vou indo. Fuma umas maconhas por mim em São Thomé, saudades de lá’’. Ri e disse que meu objetivo na próxima cidade não era aquele. Voltei correndo pra rodoviária...

Cheguei na rodoviária. Eu estava na dúvida: Se pegava o ônibus para Três Corações na frente da rodoviária ou atrás. Fui para na parte de trás. Antes, sentei em um banco da rodoviária e ajeitei meus bolsos. Peguei minha passagem e segurei. Peguei meu carregador que estava em um dos meus bolsos e coloquei na minha mochila. E quando fui pegar meu celular. CADÊ?

Por ironia do destino ou não. Tinha perdido! Caralho, como pode uma coisa dessas? Tá vasculhei meus bolsos. Nada! Tirei toda tralha da minha mochila... NADA! Eu parecia louco naquele lugar. CADÊ MEU CELULAR?

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Acreditem ou não. Só não me borrei por que não tinha bosta pronta, hauahaaua. (piada ruim). Quer saber mais?  Espere a parte três! haha. Aloha!

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Momentos

                                                         
                                                                                       
Quarta Feira, nove de Novembro. Ano quase acabando, hein? Pois é... É nesse momento eu lhe pergunto: Você teve momentos bons? Todo mundo, sem exceção, deve ter um dia marcante em sua vida, não é?

Pois é. Pensa, como foi incrível esses momentos. Pensa, como você riu nesses momentos de alegria. E pensa, como você pode ter chorado em um desses momentos. Aliás, não precisa ser de tristeza. Alegria também, óbvio. E num desses momentos, você fez tudo que queria. Êta coisa boa, né?

Momentos! Uma palavra com 8 letras e tem um tom impactante. Essa frase forte lembra o que no primeiro momento? Te dou cinco minutos para pensar. No meu caso, lembrei de ontem. Vi pessoas que eu gosto, conversei com pessoas que gosto e fui em lugares que gosto. Foi bacana! Para uns não deve significar tanto. Para mim em especial. Foi foda! Pô, há muito tempo que eu não via algumas pessoas. Querendo ou não, a faculdade, lugar onde fui. É um bom lugar de se estar. Concorda?
Certeza absoluta que você vai discordar. Certeza! Sei lá, as pessoas daquele lugar te fazem viver vários momentos em um único segundo.

Momentos que acontecem uma vez. Ou talvez, se repita quando menos esperamos. Momentos que não queremos que volte. Tem? Obvio que tem! Coisas que queremos esquecer. Eu, na minha opinião, momentos anda mãos dadas com as -lembranças-. Praticamente estão em perfeita sintonia. Como? Nunca saberei. Nem o melhor dos filósofos ou matemáticos podem saber dessa resposta. Equivale a dor, volta e saudades. Aliás, melhor ninguém saber o significado de ambos. 

Dizem, apenas dizem, que quem descobrir vai acabar descobrindo um dos mais valiosos segredos da vida. Quando é descoberto, acaba com o gosto da vida, fica amargo e sem nenhuma graça. Doido, né? 
Como você aguarda seus momentos particulares? Eu fiquei pensando isso hoje de manhã. Cada pessoa guarda seu momento de sua vida de um jeito. Alguns, gostam de tirar fotos e guardar. Outros, preferem tirar fotos e postar. Pode ser por 24 horas no Snapchat's da vida. Ou deixar nas redes sociais a vida inteira como Facebook e Instagram. Querendo ou não é uma relíquia!

E tem aqueles que guardam na memória os mais belos momentos. Pode ser com amigos, viagens ou festas. Memorias! Se você tiver uma cabeça boa vai guardar carinhosamente, claro. Tudo! Não esquecer jamais. Pode ser aquele rolê bacana, que deixou todo mundo ''azul'' de beber ou aquele papo com um único amigo no portão de casa. 

Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas. - Augusto Cury

Sabe, lembro do ano de 2014 como um ano de mudanças drásticas na minha vida. Aliás, foi um ano que tive grandes momentos. Conheci grandes pessoas e aprendi muito com elas. Registrei e está registrado em um quadro no meu quarto aquele ano magnifico.
Todas essas fotos, sem exceção, de alguma forma foram um momento marcante em minha vida, naquela época. Eu guardei elas e emoldurei naquele ano. Engraçado, né? Algumas fotos desse quadro deixaram de ser importantes, algumas pessoas foram apenas momentos e elas estão ai, presas e para sempre vão ser lembradas. Massa! Isso vale uma fortuna para mim. Para uns não vão ter importância. Particularmente, para mim, vale demais!
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O papo de hoje foi fraco, eu acho. Não teve conteúdo, mas teve uma coisa bacana: Momentos! Viva eles do jeito. Fotos, vídeos ou deixando gravadas no cérebro. Pensa e repensa... Let`s Go!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O meu primeiro mochilão, Lavras. Parte 1

                                                       
Então, antes de contar como foi minha viagens, queria começar como surgiu essa vontade e como foi crescendo esse sonho.

Bom, tudo começou, quando estava com uma imensa vontade de ir na Festa da Colheita em São Thomé das Letras no mês de Agosto. E tentei várias formas de ir para o local e foram falhas.  Sempre escutei de alguns amigos, que, aquela cidade era bastante interessante e é uma cidade mística. Acontece de tudo por lá! E escutando, muitas vezes os casos minha vontade aumentava mais e mais. Voltando pro texto.  Tentei, mas tentei muito. Nunca viajei para fora sozinho. Fiquei batutanto como iria para a cidade hippie. Tinha vontade! Já era um bom começo, não é? Sim, mas faltava coragem. Sempre que imaginava, batia um medo e insegurança. Agosto até Outubro, acreditem se quiser. Pensava planos para chegar nessa cidade. Chamei gente para ir comigo e nada. Comecei a ler sobre pessoas que começaram a viajar sozinhas. "Não tem companhia? Vou só!" Beleza, comecei a ler um grupo no Facebook chamado: "Mochileiros". Lá tem gente indo para todo canto do Brasil e do mundo. Minha vontade ia só crescendo...

Tinha um sonho antigo também. Visitar a famosa: Varginha! O que fazer lá? Tirar foto com o ET, a estátua. "Caramba, que sonho estranho", vocês devem estar pensando. Sim, um pouco. Mas eu tinha que fazer isso algum dia. Beleza, tinha vontade, juntei dinheiro nesse meio tempo e pesquisei as formas de chegar em Varginha e São Thomé das Letras. Esse sonho tinha que acontecer! Pô, é o ano de Chutar o Balde, tinha que acontecer esse ano e não poderia deixar para o ano que vem.
Para minha concepção, realizando esse sonho, mostraria para as pessoas que é possível viajar sozinho e elas não precisavam ter medo. Se sou um exemplo em perca de peso. Por que não em viajar e fazer um mochilão? Pois é.. Tinha vontade, dinheiro e arrumei um tempo. Pensar em fazer isso é surreal, sabe? Um mochilão. Justo eu! Que sempre fiquei em casa, trabalhando e quase não fazia o que eu queria por força maior.

Tinha um problema: Minha mãe! Só de falar isso com ela já fechava a cara e dizia que é: Besteira, xingava e aquele blá blá todo. Mãe, né? Ela acha que a gente nunca cresce. Eu precisava de um descanso, sair da rotina. Aprender! Com muito custo ela aceitou a idéia. Na verdade, ela não aceitou. Ela acostumou! Tinha aquelas chantagens ali e aqui. Normal! Conversava com muita gente sobre ir. Eles concordavam e diziam que minha mãe tinha que me soltar um pouco. No popular: ''Voar!''. Depois de muitas conversa e discussões durante o mês inteiro de Outubro. Fui!


                                                           Sobre a Viagem.
Acordei às 4:30 na sexta-feira, dia 28/10. Minto, acordei eram 1:00. E depois disso não consegui dormir mais. Conversei com um amigo meu: Ciro Tavares. Ele me acalmou um pouco. Cochilei eram umas 3 horas e acordei com o barulho do despertador do celular.   Beleza, tomei banho e durante o banho bateu o medo. Foi um sentimento de: "Será o que estou fazendo não é loucura?". Pensei e parei de pensar por aí. Tenho que ir! Terminei o banho, arrumei e fui pra rodoviária. Estava escuro e eram mais ou menos 5:20. Engraçado, tinha bastante gente na rua e perto da rodoviária. Pensei que ia estar deserta e estava me preocupando atoa. Cheguei, entrei na fila e comprei minha passagem. Aliás, estava cedo. Tomei um café na padaria da rodoviária e me sentei no chão. Motivo? O ônibus não havia chegado. Faltava cinco minutos para ele chegar e a animação estava evidente em minha cara. Não tinha dormido nada! Estava elétrico! Sou um poço de animação, né? Haha.


                                                                     Cidade de Lavras
Pronto, pisei em Lavras. E agora? Pensei comigo. Fiquei calmo, respirei fundo e pensei comigo: "Vou andar nessa cidade como se fosse a minha. Não adianta apavorar!". Beleza, a primeira coisa que fiz, fui comprar minha passagem para Varginha, meu segundo destino. Cheguei eram: Nove e trinta. Meu ônibus para a cidade do "ET", eram meio dia e quinze. Putz, eu tinha praticamente duas horas e meia para explorar a cidade. Bom, vamos nessa!                                                     
Em Lavras, eu não sabia nada de nada sobre a cidade. Aliás, sabia que não tinha pontos turísticos ali. Mas a pesquisadas que tinha dado apontavam uma igreja bem bacana. Bingo!  Mas pelo menos eu tinha um objetivo ali. Fraco, mas tinha. Bom, saindo da rodoviária tinha quatro ruas. Uma descida, uma rua na esquerda, rua da direita e a subida que levava pro centro. Subi e nesse momento e estava indo pro centro da cidade.
Notei que o Centro é um lugar cheio. MUITO por sinal! Vi uma leve comparação com Divinópolis naquele lugar. Ah, pedia informações para algumas pessoas de como chegar na igreja que tinha ali perto. Notei um sotaque estranho naquelas pessoas com quem pedia ajuda. Estranho....

Enfim, a cidade é cheia e as ruas eram um pouco estreitas. O meu conceito é que as ruas eram grandes. O excesso de pessoas fazia aquilo parecer menor. Gente conversando no passeio e atrapalhando a minha passagem. Sério, eu ri. Saio de Divinópolis e certas coisas não mudam. Outras coisas que eu vi foram cartomantes. Aquilo era uma cópia das que tinham na primeiro de Junho. Sem tirar e nem por! Doidas, tentam barrar as pessoas para ler as mãos. E olha, que eu vi uma pessoa fazendo uma consulta. haha. Quem nunca teve curiosidade, não é?

Então, a primeira ''amizade'' que fiz em Lavras, foi uma menina. Ela tinha um estilo... Alternativo?  Isso, mais ou menos isso. Diferenciado! Ela estava parada na calçada, perguntei sobre a tal igreja e fomos procurar. Conversa vai e conversa vem, ela me diz que estava tentando vender o celular, minutos antes de eu aparecer, para um homem, ele não tinha aparecido e era a terceira vez que tinha acontecido aquilo. Ela me mostrou o braço dela e as veias estavam verdeadas. Ela queria usar o dinheiro do celular para poder comprar um remédio e melhorar um pouco. Paramos em uma farmácia, ela entrou para comprar um remédio de pressão alta para sua avó e nos despedimos ali. Disse para seguir reto e que chegaria onde queria.

Fui seguindo reto e não demorou muito e acabei encontrando a igreja. Era uma igreja normal, fora dela tinha um relógio e dentro dela parecia mais chique, sei lá.                                                              
Lá dentro tinha poucas pessoas. Vi três pessoas idosas e uma menina no fundo. Aliás, muito bonita por sinal. Ela não parava de mexer no celular e sentei na fileira ao lado dela e perguntei: ''Qual o nome dessa igreja'' -  Igreja Santana- Respondeu a menina com delicadeza e sorrindo. Poderia puxar papo com ela?  Sim, poderia! Mas já ia bater onze horas da manhã e eu tinha que almoçar e voltar pra rodoviária rápido. Uma hora e quinze minutos para almoçar e voltar pro ônibus.


Almocei em um restaurante ali perto e é era de quilo. Eu te faço uma pergunta caro leitor ou leitora. Por que toda comida de quilo, sempre queremos colocar mais e mais? Pensa, tem muita coisa gostosa para comer. Puxa vida! Beleza, acabei de almoçar e comecei a subir a rua em passos largos, para chegar um pouco mais cedo. Bom, no meio do caminho tinha uma escola que fica no centro. Tinha acabado de sair uma ambulância de lá e um aglomerado de alunos estava no portão. Perguntei o que tinha acontecido a uma turma de três alunos: Uma menina alta de trança, um menino de barba e meio com cara de sono e tinha uma estatura miúda e uma outra menina loira, baixinha e bonita, bem bonita. 

A loirinha estava rindo, parou e olhou para mim meio sem paciência: ''Uma menina da nossa turma que bateu a cabeça na educação física e fez um corte na cabeça''. Ela riu. Juro! 
A menina alta disse que as duas não se davam bem e então ela faz deboche sem pensar quem está em volta. 
O cara que tinha cara de sono me perguntou se eu estudava na escola. Eu disse que não, expliquei o que estava fazendo e ele curtiu demais a ideia.
A loirinha disse que não teria coragem, mas aprovava a minha atitude, A mais alta disse que não gosta de nem ir na esquina da casa dela, imagina sair da cidade. Já o cara ficou admirado com o que estava fazendo. Ele comentou que tem um sonho de ir pra Florianópolis nas férias de Dezembro. Quando terminar a escola, fazer a faculdade de Engenharia Civil, que ele planeja e pretende ir para Amsterdã. Ah, eles estavam no segundo ano. 

Me despedi e segui meu rumo para a rodoviária. Cheguei, tomei água e vi que faltavam vinte minutos para meu ônibus sair. Fui procurar minha passagem e não achei nos meus bolsos. ''PUTA QUE PARIU!'' Sim, eu disse isso em voz alta. Perdi minha passagem. Não é possível! Será? Fiquei gelado. Será possível que teria comprar outra passagem?

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Enfim, vou terminando com esse suspense. HAHAHA. Parece mentira e não é. Acredite! Queria contar minha jornada inteira nesse post. Ficaria grande demais e deixarei para uma segunda parte sobre:  São Thomé e Varginha. Alias, conto no próximo post se achei ou não a passagem..

To Be Continued...